quinta-feira, 30 de julho de 2015

Importante alerta aos pais sobre a posição correta de se colocar o bebê para dormir. Apesar de muitas pessoas ainda orientarem dormir de barriga para baixo ou de lado, a única posição segura e que reduz o risco da morte súbita do lactente é a de barriguinha para cima!! É importante também o berço sem travesseiro, kit berço, cobertor, ursos de pelúcia ou almofadas!! Evitar super aquecimento, além de outros fatores!!

Veja a matéria que apareceu na revista Crescer: 55% dos bebês ainda dormem em situações que favorecem a morte súbita

terça-feira, 21 de julho de 2015

Higiene oral

Nas últimas doenças que acometem a cavidade oral eu falei sobre a importância da higiene oral. E como se faz isso? Precisa limpar mesmo nos bebês sem dentes? E naqueles que só mamam no seio materno?

Sim, a higiene oral é importante em todas as fases da vida.

Nos bebês sem dentes é realizada uma vez ao dia, todos os dias. Ela pode ser feita com gaze umedecida ou uma fraldinha (utilizada apenas para essa função) limpa umedecida em água filtrada e/ou fervida. É importante limpar toda gengiva, parte interna da bochecha e língua. Pode-se utilizar também a dedeira de silicone, mas apenas enquanto não houver dentes. E mais recentemente surgiram os lencinhos umedecidos para limpeza oral que são bastante eficientes e práticos.


Nos bebês com dentes, a escovação deve ser feita 2 vezes ao dia. Nessa fase é muito importante o uso de escova de dentes apropriada para bebês. É também importante a utilização de pasta de dente com flúor. Isso mesmo, com flúor. A pasta deve conter flúor na concentração de 1000 a 1100 ppm. A medida varia conforme a idade da criança:
     - menores de 2 anos: equivalente a meio grão de arroz
     - entre 2 e 4 anos: equivalente a um grão de arroz
     - acima de 4 anos: equivalente a uma ervilha

A partir do momento que surgir o primeiro dentinho, está na hora de agendar a primeira visita com o odontopediatra.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Monilíase oral

A monilíase oral também é conhecida como candidíase oral ou “sapinho”. É caracterizada por placas brancas na boca e na língua, principalmente nos menores de 6 meses (sendo bastante frequente nos recém-nascidos).  Essas placas são dolorosas, levando a irritabilidade, choro e dificuldade de mamar nos bebês. Frequentemente é confundida com acúmulo de leite, mas ao se realizar a higiene oral, essas placas estão bem aderidas e saem com dificuldade, deixando o local avermelhado podendo, inclusive, sangrar.



A monilíase é uma infecção fúngica causada pela Candida albicans. Esse fungo está presente na nossa flora e causa infecção quando há um desequilíbrio da flora bacteriana. Isso pode ocorrer por doenças, uso de antibióticos, estresse, bem como no uso de bicos artificiais (mamadeira e chupeta), absorventes de seio de algodão e má higiene bucal. Logo, uma das melhores maneiras de se evitar o sapinho é manter a higiene adequada da boca do bebê, realizar trocas frequentes do absorvente de seio (a combinação da umidade com o leite e o calor torna esse ambiente propício para o crescimento de fungos) e manter os mamilos secos e arejados entre as mamadas, evitar bicos artificiais ou mantê-los bem higienizados e esterilizados.

O tratamento da monilíase oral envolve o uso de antifúngico e manutenção da higiene oral. Portanto, se você notar esse tipo de placa branca na boca do seu filho, entre em contato com o pediatra para o tratamento adequado e efetivo.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Doença mão-pé-boca

Continuando nos quadros infecciosos que causam lesões na boca, vamos falar hoje sobre a doença mão-pé-boca. Assim como na estomatite, ela é causada pelo vírus Coxsackie. É mais comum em crianças menores de 5 anos, mas pode acontecer nas mais diversas faixas etárias. Esse vírus é transmitido pela via oral-fecal, através de fezes, saliva, outras secreções, assim como objetos e alimentos contaminados.
O período de incubação vai de 1 a 7 dias e mesmo depois de não apresentar mais sintomas, o vírus pode ser transmitido pelas fezes por mais 4 semanas, aproximadamente.

SINTOMAS

A doença é caracterizada por febre (normalmente alta, porém ela não é obrigatória), aftas na cavidade oral e lesões vesiculosas (bolhas) nas mãos e nos pés. Podem também surgir lesões vermelhas pelo corpo, principalmente nas nádegas. Essas lesões normalmente não são acompanhadas de dor ou prurido (coceira).
Devido às lesões aftosas na boca, a doença mão-pé-boca pode ser confundida com as estomatites. E pelas lesões do corpo, pode ter como diagnóstico diferencial a catapora e as alergias a picadas de insetos.


DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é clínico, levando-se em consideração a história, sintomas e o exame físico. Existem exames de sangue e de fezes que podem identificar o vírus, mas são desnecessários para o diagnóstico.


TRATAMENTO

Como a maioria das infecções virais, o tratamento é sintomático. Portanto, se houver febre, mal estar e dor no corpo, pode-se utilizar antitérmicos e analgésicos. É muito importante manter a hidratação da criança, lembrando que lesões na boca podem atrapalhar e muito a ingestão de líquidos. Assim, evite bebidas quentes e ácidas. Dê preferência às bebidas mais frias, assim como os alimentos com consistência pastosa e líquida. Como sugerido nos casos de estomatite, o sorvete é muito bem vindo nesses quadros!!
Para as crianças que frequentam escolinha, durante a infecção elas devem permanecer em repouso em casa.



Sempre avise seu pediatra sobre o surgimento das lesões.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Estomatite

Estou de volta!! Meu sumiço no blog tem uma maravilhosa explicação: meu filho nasceu!!! E como a maioria das mães em licença maternidade, tenho frequentado bastante grupos de mães. Foi em um grupo que vi uma mãe com dúvidas sobre estomatite. Está aí um tema interessante, já que a estomatite é uma infecção viral bastante frequente em crianças.







Os sintomas mais comuns são febre (podendo ser bem alta), lesões aftosas pela boca e pela garganta e dor local.
É causada principalmente pelo herpes vírus tipo 1 (HSV 1) ou coxsackie vírus. Como a maioria das infecções virais, a estomatite dura entre 7 a 10 dias, sendo a febre o primeiro sintoma a desaparecer. Infelizmente não há tratamento específico para a estomatite. Deve-se medicar a criança para febre e dor com analgésicos e anti-térmicos. É importante manter a hidratação, já que as lesões podem atrapalhar muito na hora de se alimentar e ingerir líquidos! Evite bebidas quentes e ácidas. Nada de suquinho de laranja para evitar que arda muito!! Na hora de oferecer alimentos, priorize aqueles com consistência pastosa ou líquida e de preferência menos quentes. Oriento gelatina, sorvete, leite e sucos. Vale lembrar que sorvete no frio não faz, por si só, que a criança pegue pneumonia ou amigdalite. Costumo falar para os pais que se sorvete causasse essas infecções, Kibon, Nestlé e Häagen Dazs estariam falidas, rs!!! É muito importante manter a higiene bucal!! E acima de tudo, ter muita paciência, pois as crianças tendem a ficar bastante irritadas... não é nada fácil ter várias aftas na boca, febre e o mal estar que acompanha os quadros febris.
Sempre avise seu pediatra sobre as aftas... é interessante descartar a presença de infecção secundária!!