quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Meu bebê pode tomar suco?

Todas as mães conhecem a importância do leite materno oferecido de forma exclusiva até os 6 meses. Esse é um assunto amplamente divulgado, mas e passado os 6 meses? Qual é a mãe que não fica ansiosa com a perspectiva de oferecer a primeira frutinha, a papa salgada e... o suquinho de laranja lima? Pois é, atualmente não se recomenda o consumo de suco de frutas naturais para as crianças menores de 1 ano. Tanto a Academia Americana de Pediatria quanto a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam fortemente a ingestão de água e que a fruta deve ser oferecida in natura (seja ela amassadinha ou em pedaços conforme a técnica BLW). Daí vem a clássica pergunta: mas qual o problema se sempre foi dado suco para os bebês? Verdade, os sucos eram a vedete da introdução alimentar, mas a medicina vive em constante avanço e descobriu-se que o suquinho não faz assim bem para a saúde. Estudos mostraram que esse consumo está associado a um risco maior de obesidade e de diabetes tipo 2. Um estudo publicado em 2013 no British Medical Journal mostrou que o consumo diário de suco de frutas (um ou mais copos) eleva em até 21% o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Segundo o mesmo estudo, o consumo frequente de frutas inteiras (ao invés do suco) reduz o risco da diabetes tipo 2 em 7%. Estão aqui alguns motivos pelo qual o suco não é um alimento adequado para os nossos pequenos bebês.
Em primeiro lugar, quando uma mãe prepara um suquinho, para conseguir alguns mililitros é necessário utilizar várias frutas. Por exemplo, pra fazer um suco de laranja lima, vão algumas unidades da laranja. Assim, concentra-se bastante a quantidade do açúcar da fruta, a frutose. Isso significa que para dar uns 60ml de suco, estamos oferecendo uma quantidade bem grande de frutose.
Em segundo lugar, o suco hidrata menos do que a água. Muitas mães acreditam erroneamente que por oferecer suco, a criança não necessita de água.
Em terceiro lugar, normalmente os sucos são dados na mamadeira. Mas para que não entupa o bico, as mães costumam a coar o suco. Com isso, todas as fibras são jogadas no lixo.
Em quarto lugar, o suco acrescenta muito pouco nutricionalmente, mas aumenta bastante o risco de cáries.
Então quer dizer que o bebê não pode tomar suco de forma alguma? Não é bem por aí. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, os sucos devem ser evitados, mas se forem administrados, que sejam oferecidos em copo, após as refeições e no máximo 100ml/dia para melhorar a absorção do ferro presente nos alimentos.
Portanto, se a vontade de dar suco for muito grande, lá vão algumas dicas importantes:
1. Não dê na mamadeira. Utilize um copo de transição ou copo infantil mais adequado para o seu filho.
2. Nada de coar. Deixe seu filho ingerir as fibras que as frutas nos oferecem. O intestino dele, com certeza, agradecerá.
3. Tente respeitar a quantidade de fruta que seu filho normalmente comeria. Se é suco de laranja e ele chuparia meia laranja, faça com meia a uma laranja.
4. Nunca, nunca mesmo, adicione açúcar ao suco. Também não ofereça sucos artificiais ou de caixinha.
5. Não se esqueça de oferecer água ao longo do dia. Comendo papa salgada, a necessidade de beber água existe.
6. Não substitua uma refeição pelo suco de frutas.
7. Está comendo fruta e papa? Não se esqueça de higienizar a boca do seu filho, seja escovando os dentes ou limpando as gengivas, língua e céu da boca.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O que comer no período de amamentação?

Recomenda-se que as mães que amamentam tenham uma alimentação bastante saudável e que bebam muita água. A maioria dos alimentos não afetam a amamentação. Deve-se, porém, evitar alimentos estimulantes como café, chá preto, chá mate e refrigerantes, pois podem deixar o bebê mais agitado. Bebidas alcoólicas são desaconselháveis nesse período, assim como o cigarro. Medicamentos devem ser tomados apenas com orientação médica, já que alguns são incompatíveis com a amamentação.



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Meu leite é fraco?

Não, o leite materno nunca é fraco. Ele é adequado para a necessidade de cada criança. O aspecto do leite materno varia de acordo com a fase da amamentação. Nos primeiros dias, ele vem em menor quantidade e de cor mais clara (alguns diriam mais ralo). Esse é o colostro, um leite concentrado, bastante nutritivo e com muitos anticorpos.
O leite também muda conforme o tempo de amamentação. O leite do início da mamada, chamado de leite anterior, é rico em água. Ele é importante para hidratar o bebê. O leite do final da mamada, o leite posterior, tem bastante gordura levando a sensação de saciedade.


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Vantagens do aleitamento materno

O leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê até o sexto mês de vida. Dessa forma, é recomendação das principais entidades pediátricas e da Organização Mundial de Saúde o aleitamento materno exclusivo nos 6 primeiros meses de vida. Isso significa que não há necessidade de oferecer água, chá, fruta ou outros alimentos nessa fase.
O leite materno, por ser composto por proteína humana, é fácil de digerir. Sua composição é adequada para o desenvolvimento dos órgãos do bebê, principalmente os rins e os intestinos. Assim, não leva a sobrecarga desses órgãos. Dessa forma, um bebê que mama adequadamente, tem urina clara e em grande quantidade. O aleitamento materno, também reduz o risco de alergia a proteínas estranhas, como a do leite de vaca.
Por possuir células de defesa (principalmente no colostro), o leite materno protege os bebês contra doenças.
Sua praticidade é inegável, já que vem pronto, na temperatura adequada e está disponível a qualquer momento. Além disso, não tem custo financeiro.
A amamentação alimenta não apenas o bebê, mas o vínculo mãe-filho, já que envolve carinho, trocas de olhares... é um momento exclusivo do bebê e da mamãe.
Para a mãe, amamentar promove maior perda de peso, com mais rápida recuperação do peso pré-gravídico. É responsável também pela redução de sangramento após o parto, além de retardar o retorno da menstruação.
Fica claro que não faltam motivos para se oferecer leite materno a um bebê.