quarta-feira, 31 de julho de 2013

Volta às aulas...

     Depois de muita diversão, brincadeiras, televisão, video-game e dormir e acordar mais tarde, as aulas recomeçarão!! E como preparar o seu filho para a volta às aulas? Aqui vão algumas dicas:




1. Ajude-o a organizar o material escolar e a mochila. Você pode reencapar cadernos que já possuía, reparar lápis, estojo e mochila. Pequenas mudanças aumentam a motivação da criança para utilizar esse material. Você se lembra da sensação de ir à escola com um material renovado e diferente?

2. Organize o local de estudo. Para ter vontade de estudar, a criança precisa de um local aconchegante. É importante também verificar a luminosidade do local. Se já tiver uma escrivaninha ou mesinha de estudo, ajude-o a reorganizá-la. Caso seu filho ainda não tenha um cantinho de estudo, esta é uma excelente oportunidade para providenciá-la.

3. Relembre o seu filho de como a escola é legal falando sobre os amiguinhos, professoras e atividades preferidas. Assim, ele se lembrará de como também é divertido ir à escola.

4. Volte gradualmente à rotina. Nada de mudanças abruptas! Uma semana antes de voltar à escola, diminua gradativamente o tempo de televisão e vídeo-game. Aos poucos, acorde-o mais cedo e faça atividades relaxantes e calmas próximas do horário de dormir.

     Apesar de curtas, as férias de junho quebram (ainda bem) a rotina do seu filho. Portanto, mãos à obra para que ele não associe o fim das férias com o final de toda diversão!!! E boas aulas!!!!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Tá frio!!!

     Estamos, definitivamente, no inverno!! Nessa terça-feira tivemos o dia mais frio dos últimos 52 anos em São Paulo. E o frio se alastrou por boa parte do Brasil trazendo até neve à Curitiba.
     Com todo esse frio, cabe falar um pouquinho sobre os cuidados especiais com os bebês no inverno.


Roupas

     Os bebês não sentem muito mais frio do que os adultos, porém eles perdem calor com mais facilidade. Na hora de vestí-los, coloque 1 peça a mais de roupa do que está usando. Roupas em excesso podem elevar a temperatura do bebê simulando uma febre (hipertermia). Muitas roupas pode também deixá-lo suado, o que aumenta o risco de doenças de pele, e irritado pelo calor. Caso ele sinta frio, a pele tende a adquirir um aspecto rendilhado e as extremidades ficam frias. Assim sendo, vista seu bebê de forma confortável, mantendo-o com as mãos e pés quentinhos, porém sem exageros!!!! Gorros e toucas são bem vindos quando for sair de casa.



Banho

     Não é porque está frio que o seu filho perdeu o direito de tomar banho. Mas dê preferência para os horários mais quentes do dia (como aqueles próximos do almoço). Dê banhos mais curtos e não use água muito quente ou sabonetes em excesso para evitar o ressecamento da pele (o que aumenta o risco de alergias). A temperatura da água deve girar em torno de 36ºC. Se você não tiver um termômetro para medir a temperatura da água da banheira, molhe a parte interna do braço. Se a temperatura estiver agradável, então ela é apropriada para o banho do seu pequeno.
     Lembre-se de levar tudo para o local do banho, evitando assim entradas e saídas junto com correntes de ar, e de mantê-lo aquecido. Vista seu filho no local do banho não se esquecendo de secar a cabeça dele a fim de reduzir a perda de calor.


Hora de dormir

     Para os bebês pequenos, evite usar cobertores na hora de dormir uma vez que existe o risco de sufocamento. Essa é uma medida preventiva da Síndrome da Morte Súbita. Portanto coloque seu filho para dormir bem agasalhado. Caso haja necessidade de utilizar algo para cobrí-lo, use cobertores no formato de saco de dormir.



Aquecedor

     O aquecedor de ar é um importante instrumento para deixar a casa mais quentinha. Porém ele deve ser usado com critério uma vez que reduz a qualidade do ar deixando-o mais seco. Dessa forma, as vias aéreas ficam ressecadas diminuindo sua eficiência para filtrar e umidificar o ar inspirado. Como no inverno há maior quantidade de vírus respiratórios e bactérias circulantes, o ar seco pode tornar seu filho mais susceptível aos agentes infecciosos. Por isso, é importante umidificar o ambiente. Evite manter o aquecedor funcionando ao longo da noite enquanto seu bebê dorme. Mas o aquecedor é muito bem vindo para manter o aposento quentinho durante o banho ou antes da chegada do seu filho àquele ambiente. Lembre-se sempre de trocar o filtro do seu aquecedor conforme a orientação do fabricante!


Umidificador

     O umidificador de ar é muito vendido no inverno uma vez que essa estação é bastante seca. Porém seu uso também requer critérios. O umidificador deve ser abastecido com água potável. Já o vaporizador pode utilizar a água de torneira, uma vez que irá fervê-la. Tanto um quanto o outro não devem permanecer ligados durante o sono do seu filho. Tome cuidado com o vapor que sai do vaporizador, uma vez que ele é quente e pode causar queimaduras!!! Quando utilizar um umidificador, deixe-o funcionando por algum tempo, mas desligue de 3 a 4 horas antes de levar seu bebê àquele cômodo.
     Vale lembrar que toalhas molhadas e bacias de água são excelentes para umidificar o ar.


Dica

     Para melhorar umidade das vias aéreas de seu flho, aplique soro fisiológico nas narinas dele com certa frequência. Além de umidificar as vias aéreas, o soro ajuda a desobstruí-las, removendo a secreção acumulada.


Curiosidade

     No mercado existem aquecedores para as mais diversas funções. Achei bastante curioso o aquecedor de toalhas e o de lencinhos umedecidos. Apesar de supérfluo, o aquecedor de toalhas me pareceu interessante nos dias muuuuito frios. Já o de lencinhos umedecidos parece não ter caído no gosto das mamães.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Como estimular a visão do seu filho?

     Como comentei em post anterior, a visão do bebê se desenvolve ao longo do primeiro ano de vida. Portanto, aqui vão algumas brincadeiras e dicas que estimularão a visão do seu filho.

1 mês
     Fale com o bebê de perto para ele poder enxergá-la. Lembre-se que a visão do seu filho tem alcance de 30 a 40cm. Brinque com objetos redondos, de cores fortes e contrastantes (listrados, por exemplo).

 2 meses
     A visão do seu filho está um pouco mais nítida portanto brinque com ele fazendo caretas para ele tentar te imitar. Como ele já tem capacidade de fixar o olhar em objetos e de notar diferença entre as cores, um móbile colorido fará muito sucesso!!

3 meses
     Segure seu filho em pé no colo para que ele possa observar melhor a movimentação ao redor. Com a melhora da nitidez e do alcance da visão, permita que seu filho explore diferentes ambientes dentro e fora da casa.

4 meses
     Brinque de esconder e aparecer o rosto, o famoso "cadê, achou". Ele já reconhece o rosto das pessoas e essa atividade além de estimular a visão é um bom exercício para a psique dele. Outro instrumento interessante nessa idade é o espelho (daqueles que não quebram!!). Ver a própria imagem refletida no espelho estimula bastante a visão e percepção do seu filho.

5 meses
     Vamos ampliar o campo de visão do seu filho? Coloque brinquedos coloridos e atrativos perto e longe dele. Isso despertará o interesse dele em ambos os brinquedos espalhados no ambiente.

6 meses
     Estimule a curiosidade de seu filho deixando-o cercado por objetos coloridos e de diferentes texturas. Não se esqueça de atentar para as características desses brinquedos. Eles devem ser apropriados para a idade do bebê!!

7 a 9 meses
     Bebês adoram cubos coloridos. Inicialmente para brincar de forma aleatória e posteriormente para empilhá-los e derrubá-los. Outra brincadeira interessante é esconder objetos com um pano e mostrá-los posteriormente. Assim, seu filho memoriza o brinquedo e depois compara a imagem mental com a real.

     Vamos brincar de estimular??

segunda-feira, 22 de julho de 2013

domingo, 21 de julho de 2013

Bebê enxerga?

     - Doutora, eu tenho mais uma dúvida: meu filho me enxerga direito?
     Em todas as primeiras consultas ouço essa pergunta, com uma certa timidez, mas ela sempre aparece. 
     Quando o bebê nasce, sua visão ainda não está completamente formada. A visão amadurece gradativamente tanto no tamanho do olho quanto nas conexões com o sistema nervoso central. A cada mês a visão torna-se mais nítida.
     Assim sendo, ao nascimento, a visão é meio embaçada. O recém-nascido é capaz de distinguir luz, formas e movimentos. Ele tem preferência por formas redondas e imagens com bastante contraste. Ele enxerga bem imagens a uma distância de 20 a 30cm, mais ou menos a distância do rosto da mãe durante a amamentação. O recém-nascido tem dificuldade de alinhar coordenadamente os olhos. Dessa forma, é comum vê-lo vesguinho.
     A partir dos 2 meses de vida, o bebê começa a notar a diferença entre as cores, tendo preferência pelas primárias e fortes. Sua visão tem alcance de 50cm. O bebê nessa idade já fixa o olhar com facilidade, focando em objetos e tenta acompanhar movimentos.
     No 4º mês ele adquire a capacidade de percepção de profundidade e de reconhecer pessoas. A partir do 8º mês, o bebê enxerga praticamente tudo.



DESCONTRAINDO

     Quer visualizar como o seu filho te vê? O Tiny Eyes permite que você coloque a imagem que deseja ver e acompanhe a evolução da visão do seu filho ao longo dos meses. Boa diversão.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Hipotireoidismo congênito

     Vamos falar hoje sobre uma doença que acomete cerca de 1 criança a cada 2500 nascidos vivos. O hipotireoidismo congênito é uma doença onde a tireóide do bebê não é capaz de produzir quantidade adequada de hormônios tireoidianos (T4, tiroxina, e T3, tri-iodotironina). Ela pode ocorrer por problemas primários da glândula tireóide assim como por deficiência de hormônios a estimulam. 


     O hipotireoidismo congênito é uma doença de grande relevância na infância tanto que o Programa Nacional de Triagem Neonatal, desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, realiza a detecção do hipotireoidismo congênito, entre outras doenças, a partir da dosagem de hormônio tireoidiano (TSH) coletado em papel filtro. Esse exame é conhecido como Teste do Pezinho.  A importância desse exame de triagem se dá pois uma vez não diagnosticado e tratado precocemente, as crianças com hipotireoidismo congênito apresentam desenvolvimento mental e crescimento afetados, causando até prejuízos irreversível. É uma das principais causas preveníveis de retardo mental.


     As crianças acometidas podem apresentar icterícia prolongada, dificuldades respiratórias, cianose, constipação, anemia, sonolência excessiva, choro rouco, dificuldade na alimentação, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca, baixo crescimento e ganho de peso, retardo mental, entre outros.
     O tratamento é feito através da administração de hormônio tireoidiano e controle laboratorial, além de acompanhamento para avaliação do crescimento, ganho de peso e do desenvolvimento neuropsicomotor.
  

domingo, 14 de julho de 2013

Brinquedos de aluguel

     Seu filho possui uma infinidade de brinquedos espalhados pela casa e para os quais não dá mais bola? Existem lojas que fazem plano de aluguel de brinquedos. Você faz a assinatura por no mínimo um mês e seu filho tem direito de escolher os brinquedos que deseja e pelo tempo que quiser. Quando o brinquedo perder a graça, é só trocar por outro. O Clube do Brinquedo em São Paulo cobra a mensalidade de R$ 75 e dá direito a 2 brinquedos por 30 dias. No Rio Grande do Sul tem a Brinque Troque com mensalidade de R$ 80. A Joanninha atende toda a Grande São Paulo com frete grátis e sua mensalidade é de 80 a 150 reais que é convertida em 6 "moedas", podendo ser trocadas por até 6 brinquedos. Todos funcionam no sistema de entrega em casa. Boa diversão!!!!

sábado, 13 de julho de 2013

Um pouco mais de 365 segundos

Momento de descontração...

     Pais fazem um vídeo com 1 segundo de cada dia do primeiro ano de vida de seu filho, Indigo. O vídeo tem duração um pouco maior que 365 segundos e é lindo do começo ao fim. Divirtam-se.


Cólicas


     Está aí uma palavra pequena mais que tira sono e lágrimas tanto dos filhos quanto dos pais. A cólica do lactente é uma entidade que acomete os nenéns a partir da segunda semana de vida se estendendo até o 3º mês e com pico entre 4 a 6 semanas de vida. Ela se caracteriza por choro súbito e inconsolável, sem causa aparente, que não responde às medidas habituais de conforto. As crises de choro vão e vem e normalmente são de forte intensidade, agudo e estridente. O bebê fica vermelho, agitado e com as pernas dobradas sobre o abdome. Com frequência ocorre a eliminação de gases levando a um alívio temporário. As crises podem se prolongar por horas com breves pausas o que gera nos pais sentimentos de frustração e impotência. Tenho certeza que muitos pais se identificaram com o cenário acima descrito.
     Mas por que os pequenos sofrem tanto? As causas da cólica do lactente são bastante especuladas porém pouco conclusivas. Alguns alegam que está relacionada a imaturidade intestinal, que é fisiológica. Outros questionam se os bebês possuem a motilina, hormônio intestinal, aumentado. Há também os que correlacionam as cólicas com o excesso de ar deglutido durante mamadas e choros. Entretanto, todos concordam que a cólica do lactente é uma condição transitória, isto é, tem prazo para terminar, não trazendo riscos de vida ou atrapalhando o crescimento da criança!!!
     Sabe-se que o choro é a principal ferramenta de comunicação do bebê nos primeiros meses de vida. Assim sendo, leva-se algum tempo pra uma mãe decifrar se aquele choro é de dor, fome, sono, manha... Quer queira quer não, seu filho é uma pessoinha de personalidade própria que você aprenderá a entender. Portanto, antes de associar qualquer choro a dor ou fome, veja se ele não quer apenas ouvir a sua voz ou quem sabe um colinho para escutar o seu coração batendo, um som da vida intra-uterina tão familiar.
     Você deve ter notado que quanto mais agitado é o dia do seu filho, mais cólica ele sente, se é uma criança propensa a isso. Portanto, quanto mais tranquilo é o ambiente dos pequenos, menos agitados eles ficarão.

E quando não passa??

     Existem algumas orientações para a cólica do lactente. Recomenda-se realizar massagem na barriga e movimentos com as perninas... elas ajudam a eliminar os gases. Há relatos que a ingestão de alimentos estimulantes maternos como cafeína e chocolate podem piorar o quadro. Compressas mornas ou bolsa de água quente devidamente enrolada em toalhas para evitar queimaduras também oferecem conforto ao bebê.
     Quanto às medicações, nenhuma tem de fato efeito comprovado para acabar com a cólica. Se o quadro persistir, procure seu pediatra para orientações. Existem analgésicos simples e remédios para gases como classes de medicação aceitas pelos pediatras.
     Chás estão proibidos, uma vez que não apenas não ajudam nas cólicas como atrapalham a amamentação. Lembre-se, a cólica do lactente não traz riscos para o bebê e tem data para acabar, portanto não tome medidas que possam prejudicá-lo!!
     A calma dos pais é crucial nesse momento. Quanto maior for o desespero dos pais, mais agitados os pequenos ficarão, piorando a cólica. Veja, é um círculo vicioso.

Funchicórea

     A Funchicórea é um fitoterápico na forma de pó que mistura extrato de chicórea, essência de funcho, ruibarbo em pó e tem nos excipientes a sacarina e o carbonato de magnésio. Há anos é utilizados por pais no combate da cólica do lactente porém sem efeito comprovado. Ela pode ser oferecida em mamadeira, a partir de sua diluição em água, ou passando o pó na chupeta. A verdade é que os bebês acalmam ao sugar a chupeta com a funchicórea, mas porque eles estão com algo doce na boca (sacarina é um adoçante artifical) o que remete a sensação de prazer. Mas ela está longe de tratar a cólica ou até mesmo melhorar a dor. Trata-se de uma distração para o seu filho com uma substância doce. Devo lembrá-los que os bebês no primeiro ano de vida não devem ingerir açúcares e muito menos adoçantes.
     A funchicórea teve suas vendas suspensas em fevereiro de 2012 pela ANVISA. Em 25 de fevereiro de 2013, a ANVISA determinou a suspensão e o recolhimento do Chicória Plus, Funchicol e Funchobaby pois os produtos não estavam sendo fabricados de acordo com as legislações da Agência. Nesse mês, entretanto, a produção da Funchicórea foi novamente autorizada pela ANVISA.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Notícia

     Chicco, Burigotto e Peg-Pérego convocam recall de 13 mil cadeirinhas de bebê para carro!! Confiram a notícia no link http://oglobo.globo.com/defesa-do-consumidor/chicco-burigotto-peg-perego-convocam-recall-de-13-mil-cadeirinhas-de-bebe-para-carro-8997068.

Convulsão febril em crianças

     Em tempos de frio, doenças febris são bastante frequentes em crianças de todas as idades. Sempre vi mães extremamente aflitas com o risco de filhos convulsionarem por causa de febre alta.
     Aqui vai um vídeo bastante esclarecedor do Hospital Albert Einstein onde a Dra Milena de Paulis dá orientações a respeito dessa entidade e como proceder.



terça-feira, 9 de julho de 2013

Papinha

     Existem marcos na vida dos pais e dos bebês referentes à alimentação. A primeira mamada, a primeira papinha,... Tanto a Sociedade Brasileira de Pediatria quanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconizam que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses e complementar até os 2 anos. Por exclusivo, digo e-x-c-l-u-s-i-v-o!! Isto é, sem água, sucos ou chás. Está comprovado que até os 6 meses os bebês necessitam apenas a água presente no leite e que outros alimentos não só não nutrem como trazem prejuízos à amamentação. Mas a partir dos 6 meses muita coisa muda e é então que os pais podem ter o gostinho de ver seus filhos fazendo careta com a primeira frutinha e papinha.
     A primeira papa salgada deve ser oferecida do 6º ao 7º mês no "almoço", entre as 11 e 12 horas. São ingredientes: carne (moída, desfiada) ou frango, legumes, carboidratos (arroz, macarrão, feijão) e verdura (de preferência folha verde pois são mais ricas em vitaminas, cálcio e ferro). Para o preparo pode-se refogar um pouco de cebola e alho com um fiozinho de azeite. Lembre-se que o paladar do bebê não está adaptado a muitos temperos e nem sal, portanto, coloque pouco sal e condimentos. Os alimentos podem ser preparados juntos na forma de sopa ou separados. Na hora de oferecer, eles podem ser picadinhos e amassados no garfo ou passados na peneira, mas nunca batidos no liquidificador. Com o passar do tempo e maior maturidade do seu filho, ofereça pedacinhos progressivamente maiores. A partir do 7º mês, seu filho tem direito a almoçar e jantar.
     Em relação à carne, evite a introdução precoce do peixe. Apesar do peixe ser rico em ômega-3 e ter um grande valor nutricional (reduz risco de doenças cardiovasculares e é importante no desenvolvimento do sistema nervoso central e da retina), seu potencial alergênico é elevado. Portanto, recomenda-se a sua introdução a partir do 10º ao 12º mês de vida (principalmente para bebês com risco alérgico).

ARMAZENAMENTO

     As papinhas podem ser guardadas na geladeira por no máximo 2 dias e no freezer por 30 dias (em sua grande maioria). O armazenamento deve ser feito em potes de plástico ou de vidro lavados com sabão neutro e água quente. Para o armazenamento espere esfriar naturalmente ou por branqueamento (resfriamento por "banho maria" com gelo). Cole sempre um adesivo no potinho com a data do preparo e os ingredientes.
     Para oferecer uma papa previamente congelada, coloque-a na geladeira no dia anterior. Descongelar e congelar novamente não pode, tá!!


DICA

     Para situações especiais ou na falta de tempo, algumas empresas preparam papinhas com ingredientes naturais e frescos que são solicitados por telefone, email e/ou formulário online e entregam em casa. O Empório da papinha atende São Paulo e o cardápido pode ser consultado pelo site. A Papa-rica atende as regiões com DDD 19. Vale a pena conferir.


DESCONTRAINDO

     Aqui vai uma receita saborosa e nutritiva de papa salgada.

Papa de feijão preto, couve e beterraba

Ingredientes:
2 colheres de sopa de carne moída
1 mandioquinha pequena
1/2 beterraba pequena
1 folha de couve crua
2 colheres de sopa de feijão preto cozido com caldo
2 colheres de sopa de arroz cozido
1 colher de chá de azeite
1 colher de chá de cebola

Preparo:
Refogue os temperos e a carne moída. Acrescente cubos de beterraba e mandioquinha. Regue com uma xícara de água e deixe cozinha em fogo baixo até ficar bem macio. Quando o feijão estiver quase no ponto, ponha a couve para cozinha ali por 5 minutos. No prato, coloque o arroz bem cozido, por cima acrescente o feijão. Ao lado, ponha os demais alimentos. Amasse com um garfo.

sábado, 6 de julho de 2013

Andador, pode?

     OK, a gestação está estabelecida e o sexo do bebê já é conhecido. A barriga está ficando enorme e eis que surge o chá de bebê. Dá para contar nos dedos quantas mães não ganharam de pessoas queridas o tal do andador. Os motivos para se presentear com esse objeto são vários... o bebê ganha mais mobilidade, gasta energia, aprende a andar mais rápido... e sempre extremamente bem intencionados. Acontece que o andador vem sendo combatido pelos pediatras há tempos. Mais recentemente, a Sociedade Brasileira de Pediatria iniciou campanha para abolir os andadores.
     Primeiramente, os andadores não fazem as crianças gastarem mais energia, uma vez que ao conferir maior mobilidade, basta dar um pequeno impulso com os pés para que ele deslize longe. Em segundo lugar, o andador atrapalha o desenvolvimento da marcha, podendo levar mais tempo para seu filho ficar em pé e caminhar sem apoio. Estudos mostram que as crianças sujeitas ao andador engatinham menos e têm escores inferiores nos testes de desenvolvimento.
     Mas o que transforma o andador em um objeto de perigo é o risco aumentado para traumas. Ele pode atingir a velocidade de 1m/s o que, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, equivale a "entregar a chave do carro a um guri de dez anos". O andador pode "enroscar" em absolutamente qualquer objeto ou irregularidade do chão, como tapetes, sapatos, pés de cadeiras e afins. Quando o bebê está no chão engatinhando ou andando com apoio, sua queda envolve baixa energia, já que não conta com velocidade e nem altura. Mas quando uma criança cai do andador, ela normalmente está deslizando com o aparelho e ao se prender, ocorre um movimento rotacional que potencializa a queda. Ainda pior... a criança cai batendo a cabeça. Isso se não entrarmos no mérito de quedas de escada  e degraus com o andador. Dados da Academia Americana de Pediatria apontam que 10 atendimentos de cada 1000 crianças menores de 1 ano em serviços de emergência são causados por queda de andador, sendo que 1/3 das lesão são graves, geralmente fraturas ou tramas exigindo internações. Mais ainda, estudos mostram que 70% das crianças que sofreram traumatismos com andador estavam sob a supervisão de um adulto.



     Não é por menos que em abril de 2007 o Canadá proibiu a fabricação e venda desse equipamento. Entretanto, no Brasil a fabricação de andadores é legalizada e basta passar na frente de qualquer loja de artigos para bebês que veremos alguns modelos expostos na vitrine. Assim, podemos apenas contar com o bom senso dos pais de não permitirem que seus filhos se exponham a tal risco. Portanto, se ganharem um andandor de presente, agradeçam, porque provalvemente a intenção foi a melhor, mas troque na loja por algum outro artigo que traga benefícios ao seu filho sem tantos riscos.
     Logo, minha resposta a pergunta do início é NÃO, andador não pode!!!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Au-aus e bebês

   Recentemente, ao dar alta para bebês internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal em que trabalho, fui questionada quanto a segurança e viabilidade de se ter cachorros com filhos recém-nascidos e pequenos.
    Encontrei uma reportagem interessante sobre o assunto que compartilharei a seguir:

Amigos para sempre




     Criança e animal de estimação é uma dupla infalível, ninguém duvida disso. Os bichinhos são companheiros, estimulam a afetividade dos pequenos que começam a exercitar a responsabilidade e o respeito pelo outro. Mas para que tudo isso aconteça e eles se transformem em grandes amigos, é preciso ter todo o cuidado do mundo na hora de apresentá-los e iniciar essa relação. E aí a gente precisa ajudá-los adotando algumas táticas.

     Muitos especialistas recomendam que, mesmo antes de chegar em casa com o bebê direto da maternidade, é importante levar uma pecinha de roupa, uma manta ou uma fralda usada para o animal farejar. O olfato do cachorro é muito desenvolvido, e isso vai ajudá-lo a se familiarizar com o novo integrante da família. Ao entrar em casa, deixe o bebê no colo do pai e cumprimente o bichinho, que vai estar excitado com a sua volta - afinal você ficou ausente alguns dias e ele sentiu isso.

Muito prazer! 

     Quando você se sentar em uma cadeira com o bebê no colo, amamentando por exemplo, certifique-se de que alguém esteja controlando os movimentos do cachorro. Cubra a cabeça do bebê com a mão para protegê-lo de qualquer aproximação bruta do animal. E nunca coloque o pequeno no chão. Ao mesmo tempo, converse com o cão num tom de voz calmo e bem natural, acariciando-o e afagando-o. Se ele não mostrar qualquer comportamento agressivo, você pode lentamente deixá-lo olhar e cheirar o bebê - mas não lamber. Até porque lamber não é higiênico e ainda pode criar uma situação propícia a uma mordida. Tudo correndo bem? Ótimo, mas mantenha-o na coleira quando estiver próximo do bebê nas primeiras três semanas e observe seu comportamento.
     Os bichos podem ser muito ciumentos. Para descobrir se seu cão está sofrendo com a chegada de seu filho, observe se ele anda mordendo pés de meses, arranhando cadeiras e sofás, rosnando mais do que o normal ou ainda se tem recusado a comida. Diante dessas atitudes, seja firme, diga "não"quando necessário e premie suas reações positivas. Animais muito jovens ou muito velhos exigem ainda maior vigilância - os filhotes têm muita energia e os velhinhos competem pelo seu afeto.

Conquista aos poucos 

     Depois de três semanas, se tudo tiver corrido bem, está na hora de voltar a incluir o seu cachorro na rotina diária da casa. Agora ele já demonstrou que pode acompanhar os cuidados com o bebê - hora da papinha e troca de fralda. Não deixe jamais de lhe dar atenção e carinho o tempo todo e lembre-se de levá-lo para passear na rua.
     Mesmo que a situação pareça sob controle, continue observando sempre e não deixe os dois sozinhos no mesmo ambiente durante os dois primeiros anos. Seu bebê logo vai começar a engatinhar e a andar, vai cambalear e cair, o que pode assustar o cão. Mas seu filho vai também observar o que você faz, como você acaricia o bichinho e fala com ele. Mostre desde cedo aos dois que eles deve se respeitar. Ensine ao pequeno que não deve colocar as mãos na boca e nos olhos do bicho nem puxá-lo. Com o tempo, ensine-o a colocar água e comida na tigela e oferecer ao pet, o que vai, aos poucos, estreitando os laços entre eles. Afinal, amizade verdadeira leva tempo, e isso vale para pessoas e animais também.
Fonte: Revista Pais & filhos - edição de junho/13



     Vale sempre lembrar que os cães devem estar com as vacinas em dia, além dos cuidados de higiene e controle de pulgas. Cuidados com pêlos, urina e fezes, especialmente naquela fase em que os bebês engatinham e levam tudo à boca. Apesar de todo trabalho, é inegável que criar um filho com animal de estimação em casa permite que ele aprenda a respeitar, compartilhar e integrar-se a um outro ser. Além do mais, nada mais delicioso do que ver o seu filhotinho se tornando um grande amigo do seu outro filhote. Portanto, mãos a obra e boa sorte!!!